Em 2025, poderá haver 75 milhões de crianças obesas em todo o mundo


 

A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 41 milhões de crianças no planeta, com menos de cinco anos, são obesas ou estão com sobrepeso. A estimativa é que, até 2025, esse número chegue a 75 milhões. No Brasil, o Ministério da Saúde calcula cerca de 6,4 milhões de crianças, com até 10 anos, com excesso de peso, e 3,1 milhões com obesidade. Não à toa, três de junho é o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. O intuito é alertar a população sobre os cuidados necessários para combater essa doença que traz números tão alarmantes. 

Segundo a médica, as principais causas desse distúrbio na infância estão relacionadas a ambientes obesogênicos, ou seja, que influenciam diretamente no estilo de vida sedentário e em escolhas alimentares inadequadas. “Essa é a base. Mas vale lembrar que a obesidade é uma doença multifatorial. Existem pessoas que têm o risco maior, com predisposição a desenvolver a doença. O histórico familiar de obesidade também faz parte do risco”, enfatiza a especialista. 

Quando uma criança está acima do peso, é essencial realizar exames rotineiramente. A endocrinologista Fernanda Lopes diz que é importante observar a glicemia, hemoglobina glicada, além do perfil de transaminases (TGO, TGP e Gama GT), com intuito de avaliar as enzimas e a saúde do fígado, que também pode ser observada por meio da ultrassonografia do abdome total. 

Segundo e médica, em alguns casos, a depender do histórico familiar, é importante fazer também um perfil lipídico, para avaliação do colesterol. “Tudo depende da situação de cada paciente. Não há teste de gesso. Pacientes que estão abaixo do tamanho e com sobrepeso precisam procurar um especialista para fazer os exames adequados”, finaliza um endocrinologista.