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A Polícia Federal deflagrou a operação I-Fraude para combater uma quadrilha que vendia dados e informações pessoais de milhares de pessoas cadastradas em banco de dados de sistemas federais.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Pernambuco, Rondônia, Minas Gerais e Alagoas. E três mandados de prisão em São Paulo e Pernambuco. Também foi determinado o bloqueio de R$ 4 milhões dos investigados.
De acordo com os investigadores, informações pessoais de milhares de cidadãos, inclusive de inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas ficavam disponíveis em um painel nas redes sociais, e os interessados em acessar pagavam uma mensalidade para a quadrilha para poder acessá-los.
O serviço contava com cerca de 10 mil assinantes e a Polícia Federal identificou dentre os usuários desses serviços, membros de facções criminosas e integrantes das forças de segurança. Com relação a estes, a quadrilha chegava a oferecer acesso gratuito, no entanto o integrante da força de segurança era obrigado a mostrar seu crachá funcional, e assim a quadrilha obtinha os dados dessa pessoa e também disponibilizava posteriormente para consulta.
As penas para os investigados na operação de hoje podem chegar a 23 anos. Eles irão responder por invasão de dispositivo informático, lavagem de bens e formação de organização criminosa.
